João 8
3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos;
4 Disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério;
5 E na lei, nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas, tu, pois, que dizes?
Jesus contemplou por um momento a cena - a vítima tremendo em sua vergonha e os líderes carrancudos, sem nenhum sinal de compaixão humana. Seu espírito de imaculada pureza sentiu repugnância diante daquele espetáculo. Sabia o objetivo pelo qual aquele caso tinha sido trazido a Ele.
Lia o coração e conhecia o caráter e a história da vida de cada um que estavam em Sua presença. Esses supostos defensores da justiça haviam, eles mesmos, induzido a vítima ao pecado, com a intenção de preparar uma armadilha para Jesus. Sem dar nenhum indício de ter escutado a pergunta deles, inclinou-Se e, fixando no chão olhar, Jesus começou a escrever no pó.
Impacientes com Sua demora e aparente indiferença, os acusadores se aproximaram, insistindo em atrair a atenção Dele para o assunto. Porém, ao acompanharem com os olhos o olhar de Jesus, fixaram a vista no chão aos Seus pés, e seus semblantes se transtornaram.
Ali, traçados diante deles, estavam os criminosos segredos de sua vida. O povo, olhando, reparou na súbita mudança de expressão e se aproximou para descobrir o que eles estavam olhando com tanto espanto e vergonha. Rasgadas as vestes da pretensa santidade, eles se viram culpados e condenados na presença da infinita pureza.
Tiveram medo de que as iniquidades ocultas de sua vida fossem expostas à multidão; e, um a um,. cabisbaixos e confusos, foram se afastando silenciosos, deixando a vítima com o misericordioso Salvador.
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